sexta-feira, 23 de maio de 2014

Exemplos (tragicômicos) de pura incompetência

Faixa de pedestre termina em parede (Foto - G1)
Como esperar alguma melhora na mobilidade urbana e no trânsito de nossas capitais, se temos exemplos como esse, que aconteceu em Natal, capital do Rio Grande do Norte. O diretor do setor de Engenharia de trânsito da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) mandou pintar uma faixa de pedestre que termina em um paredão! A notícia, divulgada pelo site G1, beira o cômico...

E ele não está sozinho: em Brasília, há tempos atrás, o diretor do DFTrans disse esperar que o cidadão que anda de ônibus na capital federal possa, um dia, comprar um automóvel (como ele fez), para não precisar mais de sistema público coletivo de transporte. Leia o post que escrevi sobre o tema.

Parecem histórias contadas por um daquels bons humoristas de stand-up comedy... Mas são fatos reais, acontecidos em terras brasilis, popularmente conhecidas como o país da piada pronta.

Como levar a sério a administração pública do um país se um engenheiro de trânsito manda pintar uma faixa de pedestre que não leva a lugar algum e o diretor que cuida do transporte público urbano torce para ninguém precisar de ônibus?

Seria cômico se não fosse trágico....

Mas, falando sério, como escrevi nos últimos posts, creio que o problema da imobilidade urbana tem causas políticas. Mas esses exemplos nos mostram que, muito mais do que apenas falta de vontade política e falta de cultura cidadã, o trânsito no Brasil é catastrófico por total incompetência das autoridades públicas.

E aí a situação realmente se complica. Porque se os governantes não têm interesse de resolver o problema, os engenheiros não têm a menor competência técnica e o povo não tem um mínimo de civilidade, nosso trânsito só tende a piorar rumo ao caos total!

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